Só não se perca ao entrar no meu infinito particular...
domingo, 27 de dezembro de 2009
Tati Bernardi.
E a razão vai tomando conta de mim de novo. Como vou tropeçar se sempre calculo meus passos? Como vou me entregar se sempre calculo meus braços? Eu não vejo mais encanto em ninguém, não me iludo por palavras que teriam tudo pra me agradar.
E eu quero mesmo é o complicado. Aquele que não olha em volta porque tomou o maior pé na bunda da história e não quer mais saber de mulher. Aquele que minha família odiaria e que em pouco tempo eu enjoaria porque não tenho assunto pra falar, mas que na verdade não faço questão que abra a boca pra isso. Eu quero o esquisito. Aquele que não me faz preocupar com concorrência porque eu sou a única que viu e gostou. Que se fecha tanto no seu mundinho que nem percebe minha existência.
E de repente, o complicado se torna fácil. Olhou pra mim, esqueceu a ex, aprendeu a gostar do que eu gosto. Virou só mais um final. Já deu tempo de me apegar, de ficar com medo de terminar. Mas não tem jeito: nessa história toda, a única complicada sou eu."
Verônica H. - Os Complicados
"Ela também teve seu coração machucado. Dilacerado, imagino. Normal. Desse mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sim, sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!"
Fernanda Melloquinta-feira, 24 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
E VOCÊ, O QUE?
E você, o quê?
Fiz tudo, te dei o meu mundo.
E você o quê?
Joguei, lutei, arrisquei, amei!
Gostei, um amor maior: impossível.
E você o quê?
Ultrapassei meu íntimo.
Fechei meus olhos, os olhos da alma.
Decidi ignorar meus padrões.
Ocultei minhas raivas, algumas vezes não deu, disfarcei meus ciúmes, amaciei minhas mágoas.
Sua voz me tranqüilizara, teu sexo me domava.
Fiz como pude e como não pude.
Do seu jeito fui levando, algumas vezes amor próprio me faltou, mas eu só queria seu amor.
Por inúmeras vezes te amava mais do que o tudo.
E pergunto: E você ? O quê ?
Armei sua lona, fiz seu circo , pintei seu mundo.
Fiz de você meu primeiro.
Usei suas cores, anulei as minhas.
Aceitei suas verdades intactas, anulei as minhas.
E você amor ? O quê ?
O quê você fez?
Despedacei meu ego, levantei nossa bandeira
Me julguei egoísta, fui contra a seu favor.
Chorei, chorei, chorei até faltar vazio em mim.
Fui no fundo, no profundo do meu âmago.
Pra merecer teus carinhos, teus gemidos, tua língua,
teu prazer, teu sorriso, tua atenção, teu apreço.Pra me sentir mulher, me fiz criança.
Fiz pirraça, cena, novela.
Decorei um texto pra nada dar errado.
Abri a mente, fiz preces, fantasiei um mundo.
Amei teu corpo, teu jeito, teu cheiro,tua sombra, abri meu peito acreditei na gente.
Desconfiei muito, mas confiei demais
E você amor? O quê ?
Ouviu minha canção?
Abriu o peito?
Cortou seus cabelos?
Trocou de canal?
Falou "aquela" frase? Fez planos pra mim?
Escolheu um filme pra nós dois?
Foi minha companhia para todos os momentos?
Foi a um show?
Usou "aquela" blusa?
Amou-me de verdade?
Pensou em mim?
No que construímos?
No que alcançamos?
Tudo um dia tem fim.
Tudo na vida tem volta.
Tranqüilo você pode ficar, riscos de amar sem ser amado, você não há de correr não.
Amor de verdade você não sabe diferenciar.
Dizer que vou ser feliz agora? Quem sabe?
Dizer que você vai se dar bem? Tomara!
Aprendizados são pra vida toda, mas amor unilateral na vida da gente uma só vez é suficiente.
Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
quando enfim penso que estou me acostumando,
que estou te esquecendo,
você ressurge de forma inesperada ocupando todos os espaços,
transbordando de dentro de mim...
e é nessa inconstante loucura que vivo sem te ter.”
cena do filme "500 dias com ela"
domingo, 13 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Merda de vida. E eu falo isso como se estivesse com uma garrafa na mão, olheiras enormes,
fedendo a cigarro; mas eu pareço completamente bem em frente ao computador, ouvindo Cazuza.
Minhas roupas estão limpas, meu corpo está ileso, minhas tarefas estão organizadas. E por dentro essa podridão infinita,
como se este corpo estranho que estivesse possuindo minha alma.