Só não se perca ao entrar no meu infinito particular...

Só não se perca ao entrar no meu infinito particular...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011


“Nunca fui como todos. Nunca tive muitos amigos. Nunca fui favorita. Nunca fui o que meus pais queriam. Nunca tive alguém que me amasse. Mas tive somente a mim. A minha absoluta verdade. Meu verdadeiro pensamento. O meu conforto nas horas de sofrimento, não vivo sozinha porque gosto e sim porque aprendi a ser só.”
- Florbela Espanca.

“Depois que eu me apaixonei de verdade, e não deu muito certo, então eu não consigo mais… Eu fico esperando, putz, eu quero sentir aquilo de novo, mas aí, se começa, se o coração bate mais rápido: “Ah, eu não sei se quero isso, não”. Eu acreditei durante muito tempo em amor romântico. Hoje em dia, eu não acredito em amor romântico, não. Eu acredito em respeito e amizade. De repente, sexo e tudo. Ou, então, expressão física. Mas é assim: respeito e amizade. Porque paixão, essa coisa de amor romântico mesmo, acho que traz muito sofrimento e sempre acaba. Você sofre, você fica pensando na pessoa, você não funciona direito. Ao mesmo tempo em que você descobre muitas coisas boas em você — não sei, pelo menos comigo acontece isso —, eu descubro sempre as invejas, certos ciúmes, uma certa possessividade, no meu caso, muito machista. E isso incomoda. Eu sou ciumento, possessivo, italianão. Eu acho que o amor verdadeiro não passa por isso, não.”
- Renato Russo.

“Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.”
- Caio Fernando Abreu.

“Estou morrendo de vontade de ser eu, mas ser eu só tem me feito perder e perder. E eu quero ganhar. Só dessa vez. Chega. Mas eu quero me dar de bandeja pra você. Mas não. Depois eu demoro semanas pra me levantar porque fui intensa e vivi um dia. Não agüento mais nada disso. Por isso, dessa vez, eu não vou gostar de você. Tchau. Chega de fazer tudo errado. A minha vontade é te ligar, pra contar o quanto gosto de você. E te pedir em namoro. E me declarar. Falar palavras lindas, frases perfeitas, poéticas, sensíveis. Mas não! Eu sou uma mocinha. E mocinhas só se declaram depois de um mês de namoro. Ou depois que o garoto fala que gosta delas. Dessa vez vai ser assim. Chega. E se você não desistir mesmo com todo esse teatro que eu estou fazendo. Vai ser a prova de que eu precisava pra saber que você realmente vale a pena.”
- Tati Bernardi.

domingo, 2 de outubro de 2011




A verdade é que quando você volta, eu mando você ir embora de novo. E quando você vai embora, eu quero que você volte mais uma vez. É que quando você volta, eu me lembro que as coisas nunca vão ser do jeito que eu queria, e aí eu tenho certeza que se for assim eu fico melhor sozinha. E quando você vai embora de novo, eu me lembro que eu prefiro te ter pelo menos por perto do que não te ter de qualquer jeito.
Caio Fernando Abreu



Imagem do filme "Viola di mare"