“
Ex deveria morrer.
Aperta no pause, congela a tela, repete a cena: porque você não morre agora?
Ex deveria morrer eletrocutada. Queimada. Partida em mil por Jack, o Estripador. Não, não. Não sou maluca, doente, psicopata, neurótica, bipolar. (ok, talvez eu seja tudo isso e mais um muito) Só acho que ex não deveria existir. Porquê? Porque existe ex? Para atormentar, para fazer aqueles fantasmas (que nada têm de gasparzinhos) arrastarem correntes pelo cérebro e puxarem os pés da mente? Para fazer o nosso anjinho ficar cego e possuído pelo diabinho, cutucando todo o sistema nervoso: veja lá, eles podem ter se encontrado, o toque pode ter dado choque, eles podem ter achado que a magia não morreu ou então renasceu.
Por favor! Alguém avisa? Ex só é bom muito longe, bem longe. Num lugar aonde não exista telefone, correio, internet, celular, papel e caneta. Deveria existir uma ilha, tipo ilha dos excluídos ou algo meio Lost. Lá seria o reduto de todas as “exes” (exus) que vivem por aí assombrando a vida-ou a imaginação fértil-de mulheres que não entendem que todo mundo tem um passado.
(rá. não entendo mesmo)
Cadeira elétrica era uma boa opção.
”— | Clarissa Corrêa |
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