Só não se perca ao entrar no meu infinito particular...

Só não se perca ao entrar no meu infinito particular...

sexta-feira, 29 de julho de 2011


“Alguém me ensina a pensar menos nele? Alguém me ensina a não repetir centenas de vezes a mesma cena na cabeça? E não fazer dessas lembranças o meu maior martírio? Porque dói, dói muito pensar que há pouco tempo eu estive inteira com ele e o deixei partir, assim, sem insistir, sem nem um “fica mais um pouco?”. É possível não sentir esses arrepios ao lembrar-me do toque, do cheiro, do beijo dele? Ah, eu daria tanta coisa para que aquele anjo estivesse aqui comigo agora, hoje, amanhã, sempre. Eu daria tudo pra vê-lo sorrir mais uma vez pra mim, mas quando estou com ele fico tão pequena, entrego-lhe o que ainda me resta, ele vai embora e eu fico aqui, me sentindo incompleta, me sentindo um nada, sobrevivendo apenas de migalhas da minha memória.”
- Caio Fernando Abreu.

Um comentário:

Anônimo disse...

erraram as duas, ao invés agarrarem ao sentimento que as unia, a admiração que tínham uma pela outra, colocaram na frente as diferenças e fizeram disso um ácido que corroeu tudo de lindo que tínham.