Só não se perca ao entrar no meu infinito particular...

Só não se perca ao entrar no meu infinito particular...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Lispector né

Nada que existe escapa à transfiguração, não saberei que existi daqui a poucos anos.

Fez-se muitas perguntas mas nunca pode responder: parava para sentir.

A tragédia moderna é a procura vã de adaptação do homem ao estado de coisas que ele criou.

eu me sinto tão dentro do mundo que me parece não estar pensando, mas usando de uma nova modalidade de respirar

não é o grau que separa a inteligência do gênio, mas a qualidade

Medo de não amar, maior que o medo de não ser amado.

Que façam harpas de meus nervos quando eu morrer.

... a vida sempre nos deixa intocados.

conto apenas o que vi, não o que vejo (não sei repetir)

Lalande - lágrimas de anjo. É o mar, que nenhumm olhar ainda viu.

a beleza das palavras, natureza abstrata de Deus

Se amar um marinheiro terei amado o mundo inteiro.

essa tristeza leve é a constatação de viver

Meu filho crescerá de minha força e me esmagará com sua vida

posso parir um filho e nada sei

compreende a vida porque não é suficientemente inteligente para não compreendê-la

- Bom é viver. Mau é...

Mau é não viver...

- Morrer?

- Não, não. Mau é não viver... morrer é diferente do bom e do mal

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.

Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que digo.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

"... As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. "

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

"E eis que sinto que em breve nos separaremos. Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsalidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão. Que às vezes se extasia como diante de fogos de artifícios. Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. E a dor, silêncio. Guardo seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver."

... Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente. Para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade. Da liberdade de errar, cair e levantar-me.










" Nesse âmago tenho a estranha impressão de que não pertenço ao gênero humano."